Saudade monstra

Sem perspectiva.

Folhetim (8)

Exibi minha poesia, inclusive postada aqui, a um de meus professores de literatura, Plínio, que disse que fiz honra à minha característica ''sutil e ousada de ser, chocante'', me deixou feliz, isso para mim, é um dos melhores elogios.
Provavelmente devo ter comentado que tenho uma imensa vontade de escrever alguns livros na vida. Aquela coisa de vida passada, alma perene. Cor natural e aparente.

A obrigação grita meu nome aos berros, tenho que estudar três subgrupos de uma única circular e dramática disciplina, a qual tenho que cinzelar e suportar.
Fui.

ps. <3<3<3<3

É,

Vovó Liquinha faleceu este fim de semana. Na verdade, minha tataravó, com noventa e nove anos, saúde de vinte. Foi para o céu, um doce de senhora. Risadas de moleca.

Desde a semana passada tenho tido dias cansativos e ociosos, provas à tarde, o tempo que tenho, o estou usando para estudar ou pensar na vida, nos cantos do mundo. Fui convidada para ser redatora de um trabalho contínuo da escola, sem pontuação. Mérito. Fui a primeira de todos os alunos da escola a ser convidada, de todas as turmas de cada ano do ensino médio, foram convidados de três a quatro alunos. Além disso, sou responsável pela monitoria do Blogarte.
Pintei as unhas três vezes em quatro dias, o que remota meu estado, haha. Essa ocupação toda pode ter sido proveitoso, tendo em vista que mente e coração, que andam numa linha única, foram um pouquinho deixados de lado.
Fiz um desenho ontem enquanto minha prima fazia um trabalho para ser apresentado num congresso, no Paraná e que, tem uma possibilidade de eu ir, por quatro dias.
O desenho é do rosto de uma garota, com um chapéu na diagonal, de olhos misteriosos e uma lua invertida, isto é, ao invés de ser no superior da folha, aparece inferior, chovendo estrelas, do denso ao escasso.
Comprei um chaveirinho, alias, dois chaveirinhos. São um coração, formam um, digo. Cada um é metade. É daqueles que se presenteia alguem especial com um e se fica com outro.
Estava preocupada com a gripe A. Esse surto todo, lavando as mãos milhares de dezenas de vezes por dia, passando alcool a setenta por cento. Na verdade, apenas estava. Estou cansada, neste momento, o segundo sol seria saudoso.
Ouço Cássia Eller, gosto bastante deste estilo musical. Cássia, Gal Costa, Ana Carolina, Zizi Possi, Caetano e afins.

Por essa linha, vou indo, ''realinhando órbitas'', seria.

Ps. Voce pode ter certeza <3<3<3<3

Cherie

E surpreendo-me,
deparo-me com tua presente ausência
fazendo de um,
dois corpos

Quanto zelo,
quero-te como propriedade minha
quero-me como tua,
e a vida se faz

Resistir-te,
quem há-de?
Cai-me um ínfimo, íntimo realismo,
meu primeiro e virginal abrigo

Horas passam, não as conto
procedo como um mudo,
sem casulo um pássaro
longe de tudo

A esperar teu retorno
A esperar teu entorno,
dizendo que novamente são fatos

Fotos, alianças, abraços
Amo a ti, somente a ti,
vem de volta a meus braços.

Ângela Cabral

Delírio

Dá o seu gosto de desejo
o seu beijo despojado
Seus pensamentos mais intensos
Seu rosto de pecado

Nos gemidos que desordenam
Nas mãos que me fazem entender Adão
A música expondo seu corpo ao delírio
Nas incontáveis formas de se divertir

Vanessa da Mata.

Queimando navios

Confesso ter dentro algo,
algo esse que adentra,
que consome,
de quem some.

É..

Quantas vezes te liguei e não falei, quantas cartas escrevi, depois rasguei. Tantas coisas tenho feito, pra enganar a solidão, mas eu sei que não tem jeito, impossível te arrancar do coração, porque é que você veio se não era pra ficar? Quem mandou você deixar tanta saudade em seu lugar? E agora o que que eu faço? Não existe igual você, eu não posso inventar uma paixão, só no tempo e no espaço estou longe de você porque sei que aqui dentro não vou te esquecer. Os desejos só acordam pra quem faz você sonhar, quando o amor é só no corpo muito pouco vai ficar. Pode ser que eu esteja louco, me agarrando ao que passsou, mas no fundo só um louco é que se entrega a um grande amor.

Te amo,
cada vez te quero mais, eu só tenho esse horizonte a me guiar nos oceanos.
Me ama diz que vai voltar pra mim qualquer coisa pra enganar meu coração.

((Fábio Jr.))